domingo, 27 de dezembro de 2009

Relativista e Pós-Moderno

Esses dias me chamaram de "relativista" e "pós-moderno".
Não sei bem o que significa ser pós-moderno, mas se ele chegou a essa conclusão a partir da conversa que tivemos, penso que deva ser coisa que eu gostaria de ser chamado. Partindo do ponto que tenha algo que seja bom ser chamado.
Em geral eu não acharia bom ter títulos mas, como foi a primeira vez que alguém me chamou de algo "acadêmico", eu vou aceitar, e de bom grado!

Então por enquanto aceito esses dois títulos:
Relativista e Pós-Moderno!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Ver-te

"Singing is easy if you can remember the tune."
Spiderbait - Glockenpop

So, baby, do you remember the tune?
Nossos ouvidos não desafinam? Com as notas gritadas a eles por tanto tempo...
Como apreciar uma aria de Bach com o som dos metros?Senão fechando os olhos e vendo seu rosto?

É tanta realidade, é tanto naturalismo...tantos cortiços,
e nós somos corpos, jogados.
Sem que ninguém se preocupe, sem que ninguém nos veja - querem nos sentir, possuir, mas ver não.

Seus olhos são cinzas!
Não veêm, cheiram.
O céu continua azul para olhos cinzas?

Então o verde! O céu é verde, o sangue é verde, minhas mãos são verdes, meus cabelos...tudo!
O verde vê!E eu vejo o verde.
Cada vez mais e cada vez mais eu quero ver...mergulhando nas profundezas quentes do verde!

Ver...de novo você,
Ver...de perto você,
Ver...de olhos fechados seu sorriso,
Ver...de olhos abertos, para ter a certeza que você está aqui,
Ver...de verdade the tune for us to sing.

As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.
(Fernando Pessoa)
Você ouve também? O verde pode ouvir o vento que sopra as penas?
As penas que nós cumprimos, que o vento verde é o único que pode levar.

Como pude me esquecer?As penas também flutuam!
Assim como os cabelos e as roupas largas...e o tempo.
Nosso tempo é intenso demais pro relógio dos humanos.
O sopro verde leva meus anos em poucas semanas.

Acompanhado por árias e gansos selvagens.
Para praias e selvas,
lugares onde o vento pode ser sentido
e o verde - visto.

Ao Grêmio

Esse domingo vi um GRANDE jogo, jogado por dois times mas, como nas histórias heróicas, como essa, protagonizado por apenas um deles, nesse caso - O time gaúxo: Grêmio.
Por conta de sua posição mediana no campeonato brasileiro, ninguém esperava que ele apresentasse grande resistência ao enfrentar o Flamengo, primeiro colocado.
Como se não bastasse isso, caso o Flamengo perdesse, o provável campeão brasileiro seria o Internacional de Porto Alegre, arqui-rival do tricolor gaúxo.
Todos os meios de comunicação esportivos anunciavam como o Grêmio "abriria as pernas", para incentivar essa intriga, o técnico gremista entra em campo com um time reserva, desconhecido, desacreditado...
E é ae que entra o heroísmo dessa história, é quase um filme hollywoodiano, quando "Os Substitutos" afrontam os favoritos, Davi e Golias!
Poderiamos pensar que pra provar seu valor, teríamos reservas afobados. Faz sentido. Mas NÃO, mesmo, eles estavam calmos, frios, tranquilos. Tocavam bola, faziam passes bonitos, jogaram, criaram, lutaram.
Parabéns, substitutos do Grêmio.
Vocês perderam, mas perderam lutando! De pé!