domingo, 27 de dezembro de 2009

Relativista e Pós-Moderno

Esses dias me chamaram de "relativista" e "pós-moderno".
Não sei bem o que significa ser pós-moderno, mas se ele chegou a essa conclusão a partir da conversa que tivemos, penso que deva ser coisa que eu gostaria de ser chamado. Partindo do ponto que tenha algo que seja bom ser chamado.
Em geral eu não acharia bom ter títulos mas, como foi a primeira vez que alguém me chamou de algo "acadêmico", eu vou aceitar, e de bom grado!

Então por enquanto aceito esses dois títulos:
Relativista e Pós-Moderno!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Ver-te

"Singing is easy if you can remember the tune."
Spiderbait - Glockenpop

So, baby, do you remember the tune?
Nossos ouvidos não desafinam? Com as notas gritadas a eles por tanto tempo...
Como apreciar uma aria de Bach com o som dos metros?Senão fechando os olhos e vendo seu rosto?

É tanta realidade, é tanto naturalismo...tantos cortiços,
e nós somos corpos, jogados.
Sem que ninguém se preocupe, sem que ninguém nos veja - querem nos sentir, possuir, mas ver não.

Seus olhos são cinzas!
Não veêm, cheiram.
O céu continua azul para olhos cinzas?

Então o verde! O céu é verde, o sangue é verde, minhas mãos são verdes, meus cabelos...tudo!
O verde vê!E eu vejo o verde.
Cada vez mais e cada vez mais eu quero ver...mergulhando nas profundezas quentes do verde!

Ver...de novo você,
Ver...de perto você,
Ver...de olhos fechados seu sorriso,
Ver...de olhos abertos, para ter a certeza que você está aqui,
Ver...de verdade the tune for us to sing.

As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.
(Fernando Pessoa)
Você ouve também? O verde pode ouvir o vento que sopra as penas?
As penas que nós cumprimos, que o vento verde é o único que pode levar.

Como pude me esquecer?As penas também flutuam!
Assim como os cabelos e as roupas largas...e o tempo.
Nosso tempo é intenso demais pro relógio dos humanos.
O sopro verde leva meus anos em poucas semanas.

Acompanhado por árias e gansos selvagens.
Para praias e selvas,
lugares onde o vento pode ser sentido
e o verde - visto.

Ao Grêmio

Esse domingo vi um GRANDE jogo, jogado por dois times mas, como nas histórias heróicas, como essa, protagonizado por apenas um deles, nesse caso - O time gaúxo: Grêmio.
Por conta de sua posição mediana no campeonato brasileiro, ninguém esperava que ele apresentasse grande resistência ao enfrentar o Flamengo, primeiro colocado.
Como se não bastasse isso, caso o Flamengo perdesse, o provável campeão brasileiro seria o Internacional de Porto Alegre, arqui-rival do tricolor gaúxo.
Todos os meios de comunicação esportivos anunciavam como o Grêmio "abriria as pernas", para incentivar essa intriga, o técnico gremista entra em campo com um time reserva, desconhecido, desacreditado...
E é ae que entra o heroísmo dessa história, é quase um filme hollywoodiano, quando "Os Substitutos" afrontam os favoritos, Davi e Golias!
Poderiamos pensar que pra provar seu valor, teríamos reservas afobados. Faz sentido. Mas NÃO, mesmo, eles estavam calmos, frios, tranquilos. Tocavam bola, faziam passes bonitos, jogaram, criaram, lutaram.
Parabéns, substitutos do Grêmio.
Vocês perderam, mas perderam lutando! De pé!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Eu nunca morri

A negação é mais fácil. Fingir que não fui eu, que foi outra pessoa que eu era antes e que morreu ou eu matei. Se fui eu quem matei ainda me torno herói (ou vilão) frente às minhas piores atitudes.
Nós somos nós, mais nada! Não há expiação em morte ou mudança, mas em aceitação, pois a partir da aceitação há a negação da expiação.
Aceitação não é uma posição passiva mas a percepção de uma contingência!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Um texto escrito em uma aula de "Psicologia e Educação" por cinco pessoas, cada qual escrevia (em média) cinco palavras!

Em uma "Festa do Xarope" nas férias de verão paulista, dormi e perdi o tom professoral da experiência.
A festa era do xarope pois estavamos todos gripados, no verão!!!
Tivemos como experiência dormir e estudar Marx, então perguntei a Vencesclau:
-Onde está meu chapéu?
Devo ter perdido no vento do litoral enquanto tocava música do Legião Urbana com meu pandeiro elétrico e o chocalho da Maria, que não respeitava a regra de cinco palavras. A Maria não contou os artigos (again) sobre TDAH.
Porém, conversando com o doutor recebeu um papel com uma proposta indecente. Sorriu e achou graça, apesar da vergonha, mas ele não tinha assuntos mal resolvidos com seu pai, então topou na hora. Mas com cinco ressalvas: que fosse em segredo, que não envolvesse pessoas conhecidas, que estivessem vestidos de animais, que a Angelina Jolie estivesse presente. Depois de tudo acertado pensou: Não, a quinta é "não pensar", mas o que seria pensar? Dentro de um contexto saber-poder, da falta de lógica e linearidade, da constituição do sujeito ético que se dá no coração. O coração átrio-ventrículo ou o coração instituído?
E nessa questão, onde ficam os pulmões?
Ficam lá, sem poder fugir para o esfíncter anal.
E a pessoas ficou pão-dura ou nasceu no signo de touro ou virou touro com o passar dos relacionamentos?
Assim esquecemos a individualidade dos peixes dentro do meu aquário, e nele há estrelas-do-mar?
Por que as estrelas-do-mar estariam só lá?Ré?Do?Si?
Sol, ah, agora sim!! O sol derreteu as estrelas virou poesia de cometas.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Você acha...

Você acha que me faz ciúmes,
Você acha que sou o único que deve se preocupar se isso se perder,
Você acha que sou seu,
Você acha que não há meios de dizer o que sente, o que quer, o que não quer, o que precisa, o que eu posso fazer por você; por isso não oferece nada que podes fazer por mim.

É o paradoxo do orgulho com o medo!

Tudo que quero é um lugar...
Onde mais posso procurar?

Contos de um pensamento compulsivo

Sabe aquele pensamento que te ocorre durante o dia?
Ou aquela música que fica na sua cabeça "o dia todo"?
Ou aquela pessoa que você conheceu na festa, fim de semana passado?
Ou aquele beijo? Que aconteceu ou não...
Ou aquele planejamento pra próximo fim de semana que fizer sol e você estiver com seus amigos?
Ou aquela pessoa que não te mandou a mensagem na hora certa?Ou que mandou?

Escolha um desses pontos e imagine todo o seu pensamento nele durante um período looooongo...A cada respiração, um pensamento...Pois não pensar em uma dessas coisas angustia!Aperta o peito e faz o ar faltar!
Saí pensamento!Me deixa concentrar!
"Where are we?..."
SAÍ MÚSICA!!!

No fim...ceder...as vezes.
Espero na próxima vez conseguir evitar...porque, senão, serei consumido, pelo fogo de meus próprios pensamentos e não farei mais nada, porque não terei força pra mais nada, além de pensar...
Que destino cruel!Preso em meus próprios pensamentos, e pior, pensamentos de ações, nos quais um inutiliza o outro...
"Trains and sewing machines..."
E músicas...como esquecer as músicas de vidas que meus pensamentos não me deixam viver.

Socorro!

sábado, 31 de outubro de 2009

Post pretenciosamente confuso

Hoje me deu uma vontade de escrever, acho que por ter lido um post muito bom da Danny Melissa, ou por estar precisando escrever pra organizar algumas idéias, talvez por solidão eu queira falar de mim pra supor que alguém venha a ler, ou sem motivo algum ou por todos, a questão é: Estou com vontade de escrever, então, lá vai:
Mas por que confuso?
Na verdade não quero escrever confuso, mas é assim que me sinto hoje então pressinto que o post espelhará essa face minha, se não sair confuso o post, ainda assim o título será esse já que ,mesmo quando nos supreendemos com o desenrolar das coisas, penso que o que pretendíamos delas não deve ser esquecido.

Pois bem, não sei por onde começar, então começo do fim, da morte...da morte Heideggeriana, aquela que guia toda a vida, já que seríamos um ser destinado a morrer (um dia) sofreríamos por termos um tempo limitado. Acompanhado do tempo limitado temos escolhas que só podem ser feitas dentro desse tempo, culminando em dizer que viver é escolher e escolher é abandonar e abandonar é sofrer...que pessimista, certo?
Isso é como sofrer por antecipação, além de sofrer por pós-participação.
Recentemente me disseram que eu era muito preocupado, e concordo que sou, preocupo-me com o que é, com o que não é, com o que será mas, principalmente, com o que não será! Tem algo mais por antecipação que isso?Não consigo pensar em nada...
Como mata nosso hoje pensar nas conseqüências do amanhã!E como é impossível nos livrarmos disso!Pelo menos eu...melhor falar em primeira pessoa aqui.
Dizer sim é dizer não e dizer não é morrer e matar.
Ainda quando temos escolhas, pois não concordo com Sartre nisso, não acho que somos totalmente responsáveis pelos eventos que acontecem ao nosso redor, nossas escolhas não são unanimes (falo desses autores como o ignorante que sou, em sentido experimental, apenas).

Quem nunca fez uma escolha que se arrepende amargamente?
Aliás, arrependam-se, permitam-se arrepender, não de tudo e não parem por se arrepender, mas aquela pseudo-auto-ajuda que diz: "Não tenho arrependimentos, aprendi com todos os meus erros" só pode ser ou de um robô ou de alguém que nunca amou de verdade.
Tenho todo o direito de desejar voltar no tempo e mudar o que fiz (não fiz, quis fazer...), mas volto ao ato, do pensar ao fazer, pois voltar no tempo não é possível (não que eu também não tenha tido o ato de tentar!) então, quando você falhar em voltar vire-se pra frente e faça! Afinal, mesmo voltando, nada garante que mudar o feito (pensado, tentado) o resultado nos fará felizes, então, no agora... Doce de Molico, e falsas risadas, é melhor que ninguém pergunte, então finjamos que está tudo bem, tudo segue o plano, mesmo que esse plano tenha sido feito por um macaco de circo (e um dos burros!) e tenha apenas uma instrução:

Planos de sobre-vivência:

Primeiro passo:
Faça cara de que você sabe o que está fazendo!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

E Deus aponta e ri!

Pra começar, não acredito em Deus.
Tendo dito isso...as vezes não parece que Deus tira uma com nossa cara?
Consigo total imaginar ele, lá em cima de sua nuvem, segurando a risada (pra que ninguém perceba!). Principalmente naqueles momentos que nos pegamos em situações completamente inesperadas!
Isso não é uma reclamação, pelo contrário!É o que faz ficar interessante sair da cama todo dia: o inesperado, sem ele pouco há!
Por isso temos que continuar na luta...as vezes Deus ganha e ri da gente, mas as vezes DAMOS UM PAU NELE!
Tem que manter espírito esportivo, né não?

sábado, 24 de outubro de 2009

Shadow of sakura leaves

There was a caterpillar once. He was striding down, along the road, the moment he was caught between a cherry tree leaf and the sun.
Obviously he didn't know, how could he?
Having said that, when I put "caught", I was quite wrong.
A poet, looking at that tree, so full in its blossoms, could be said as "caught".
That's the thing about humans, they get caught so very easily!
How envious of that caterpillar one could be: below sakura tree leaves, he's the one who can actually leave...live.
Having a human hearing these words, he would probably say "how glad I can be caught!"
That just means you got caught again!

sábado, 17 de outubro de 2009

14

It was a long time ago, in a far away place, beyond the eyes of those whose see only the normal stuff that this story took place and time.

As a result of the adding of hundreds of sorrows and joys of people who lived in a village near this location, a demon was summoned!
It was the most wicked demon of all times!It possessed 7 tails which he swang all around in order to provoke misfortune and pain in all human and non-human criature he laid his eyes on, nothing could stop him and a time of darkness was being announced as if to occurr.

When the time of crisis would seem inevitable that an armed formed for other 7 monks, each one trained to the limit in one of human's and non-human's most valuable virtues (honor, criativity, understanding, health, love, discipline and faith).

This army was set to challenge the demon and so this battle happened (as it's written in the tablets of the Purple Dinossaur Sea) and it took 7 Septembers to finish. At the end of the last September the showdown was starting to tend to the demon's side, giving the fact that the monks (except for the one trained in health) were starting to show signs of getting tired.

To prevent this duel from having an undesired ending the seven monks decided to sacrifie themselves: they joint power and merged themselves into the body of the demon, turning into some other seven tails.

The demon still lives these days, running around people's lives, and the battle is still happening on his back, every day...whenever the wicked tails win a battle we get striked by a horrifying shadow of misfortune and doom, on the other hand, when the round is won by the monks we get blessed on one of their most powerfull aspects...randomly.

Do you know when you're in the early evening and the sky gets red, the wind starts blowing a little colder and it's neither day nor night? That's when a new battle is just restarting, a battle between 14.

4

No nosso banheiro não tem 4, temos:
1 pano de chão,
2 potes de gel,
3 esponjas,
5 saboneteiras,
6 aparelhos de barbear,
7 sabonetes,
8 rolos de papel higiênico,
9 escovas e
0 secadores de cabelo.

Mas não temos nenhum 4!

3

Nós eramos três. Mais que dois, mais que quatro: Três!
Aí aconteceu, você nos deixou...sua alma nos deixou, por mais que meu corpo tenha te deixado antes. São as decisões, que podemos nós dois fazer? Digo dois, porque agora somos dois, mas em breve seremos um, e quando isso acontecer, estarei sozinho, nú, no topo de uma colina, a mais escura e fria das colinas.
Quando o dois partir, três, eu vou ser menos que um...talvez menos que zero! Mas com certeza não igual a zero, esse ainda tem um certo conforto que não tenho ambição de alcançar.
Como poderia eu almejar conforto, se perdi você e, em breve, perderei tudo?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O malabarismo inflexível

Temos necessidades.
As vezes são obsessões, as vezes são tão brandas ou protegidas que nem parecem necessidades, mas temos, creio eu, que todos.
Não falo das físicas, essas é CLARO que todos temos, mas emocionais/relacionais/egóicas/whatever você quiser chamar.
Tem aqueles que fingem que são imunes a isso, sabe, os que tem necessidade de parecer independente/durão(ona)/desencanada.
Pra mim esses são os que menos conseguem lidar com sua necessidade, como diz o povo: "o primeiro passo é admitir" e não admitir suas necessidades é um salto para trás no sentido de satisfazê-las.
Aquele que sabe que tem algo que precisa, que quer, mesmo não podendo ter, consegue jogar com essa necessidade; pode se semi-satisfazer com algo similar, com algo diferente ou mesmo com o reconhecimento que outros podem dar às suas necessidades. Agora toco num ponto importante: aquele que não admiti sua necessidade não consegue/quer/pode ou/e admitir a necessidade do outro.

Que tal a gente brincar de se importar?

domingo, 27 de setembro de 2009

Make a Wish...

A ladybug landed on me

I was walking this morning on a viaduct, over a railroad. It was a gray viaduct, long-gray-fast viaduct, the ones you just cross, which does not count, otherwise badly.
Drowsiness for the non-slept night, for the three days in a row of parties and dreams and lives and memories and death (even if these words are merely synonyms). A sunny Sunday, after all, I mean, if the gray viaduct was not there.
I was not walking, it was much less, something that is not meaningfull enough to be mentioned more than the wide open wall-toilet I've so many times used the party last night, and the night before and the night before.
Still, a ladybug landed on me.

First I thought it was a fly, a bug, something stinky, probably poisonous, but then again, don't we always think like that? It flew by my side, as if a lover (which made me think it could be a mosquito), but so I remembered of the gray viaduct and on it there can not be love, not even from a mosquito.
For reasons such as the heavy luggage I was carrying, the weakness from the previous days (which made me wish for a company, even from a mosquito) I let that hideous bug land on me.

It turned out it was not that hideous, as not-hideous it could be on that large sunny viaduct.

A ladybug landed on me.
I didn't even stop, maybe for the surprise for not being expecting that, the reflex to drive my fingers to my green shirt and flick the bug from my shirt was faster than my skill to interpretate that it was more than a bug, it was (is) a lady.
It was the very simbol of luck in that unlucky morning and place and years.
Since I've flick it away and did not stop, someone who might had seen that unexpected encounter might have thought I was really cold toward it, but then again here I am writting how a lady has changed my morning for the very fast three seconds we've met, loved, fought, hoped and died. Even if I'm writting only to prove to someone who has (not) seen it I'm not that bad.
It made me think how things are like this, aren't they?Isn't it really hard to notice when luck land on you for the speed and rarity it happens? And when it does happen, shouldn't we not stop? For the lady has flown away but the gray viaduct in the sunny Sunday morning remains, shaking unfairly not for the bugs who miraculously fly over it, landing on distracted people, but for the trucks and buses and cars and the trains that passes beneath it, fast and going both ways. Shaking but as eternal as brute, as heavy as ugly, as glorious as gray.

And this is another thing that happens, that lady crossed my path momentaniously and has reached a very profund level of meaning to me; ladies do that to us, man and brute viaducts, still, we try not to shake, and when we do we blame the trucks.
Even if only for today, that ladybug is the love of my life, for I do not think I'll be able of stop thininkg of her, the black spots on her red back, imagine what would've happened if I've seen her eyes, round and black as I can only imagine and dream, and even if only for today I can never stop talking about her and how my shirt felt her tiny legs and told me they were many and pretty as could only belong to a lady and a bug.

I was ran over by green

It was a green morning. The very first thing I can remember today is the green, the shelter, I was under beyond the green ocean and then I went away, I flew, no point in doing so but the random reason we fly: life.
And life has these funny things, as green turn gray as easily as it does, but green and gray are just colors and to fly is much larger than colors so, why stop flying?
So there I was, being me, flying in the gray bright earlyness of the day, and when it happens people often ask "where are you flying to?" (I had an ant who used to ask me that all the time), as if to fly could only be intransitive, not an action, not a dream and a way of life and the paradise and doom of a little existence, but by "little" I mean an existence smaller than gray; indubitably gray. Not a happy nor interesting nor smart nor sexy gray.
Now thinking of it, gray isn't that large, I'm talking about some existence, precisely that amount of "large-littleness", uncountable.
It was then that the green came, just like the gray but green, me, on the other hand, very different from the both of them. I got happy by the sight of the green, a glimpse of the color I was surrounded that very same earlyness, few days ago and I remembered how happy I was that earlyness (earlier than the one of the second green), someone was with me back there. Someone with a hard shell and an expression of a bad someone. But was it? Because sometimes we think things are what they just look they are and I think that is because the only thing we can say about things is what they look like, and this second existence looked like green but it mustn't be for it was very different from the other green and green must all be the same for its existence is ridiculously little for it to change, and that other green had sheltered me while this has shattered me.
I was ran over by green.

First I thought this was a fake-green or that it was holding me, but then it hurt, it did not stop, kept moving over me, trying to shatter my shell; so fool, naive.

For a second there I stood, I stood still anyway, or was it a day?For no longer than from a week to two years, that's for sure, I think...
But when that life ended and I flew away, because that's what we should do and I think the few who tryed not to do so were not happy but honest to themselves (and is that really desirable?).
Then it occurred to me that the fake-green was only doing that for it thought it was bigger and stronger than me. Who has told it that?
Did I?Or the same way I thought the hard-shelled-bad-faced previous lover was bad the same way the fake-green thought I was smaller and more fragile?
It doesn't matter now, I flew away and know better than to keep thinking of the fake-green, I've learned how to fly centuries ago, haven't I?
So I fly to gray and out of the blue (and the green) I was far away and it was still early that day, just a few years later.

Now, coming to think, that green must be real.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Morrer ou matar

Alguém nunca se deparou com esse dilema?
Hoje li uma frase de D.H. Lawrence que falava sobre amor, dizendo que algo que era pra ser um processo transformamos em um fim. E isso pra mim faz mais sentido do que o próprio ar entrando em meus pulmões ou a sensação das costas encostadas na parede gelada, como conviver com o "não-amor" uma pessoa que tem uma pretensa devoção de toda a vida ao amor?
Pretensioso, eu sei, mas qual o problema disso?
Anyway, não é sobre isso que quero discutir, venho falar de morte: morrida ou matada.
Quando será que começa? De acordo com Freud no Complexo de Édipo, quando o primeiro amor se torna impossível, então matamos nosso Narciso. Matamos ou ele morre?
De qualquer forma, penso que em situações posteriores tenhamos novamente esse dilema, ainda mais se fizermos do amor nosso "objetivo". Aos poucos matamos partes insustentáveis ou deixamos elas morrer. Um problema é carregar cadáveres, mas não o único.
Agora, depois de um tempo, quando criamos a consciência de que a morte vem, como abraçar a vida?Que inveja eu tenho dos que não temem a morte.
Dizem que é mehor amar e perder do que nunca amar at all...penso se quem disse isso já amou, por mais clichê que essa indagação seja.
(Esse deve ser o post mais esquizo que já escrevi...)

domingo, 30 de agosto de 2009

Alzheimer momentâneo

Já aconteceu com você:
Um momento, por nada mais que um instante, ser transpotado para um outro momento de sua vida; passado ou futuro?

Seu corpo fica no agora, mas por um instante você esquece como é ser você naquele momento, lembrando apenas de um "outro" você.
MUITO mais real do que a famosa expressão "como se tivesse sido ontem", muito mais real do que você mesmo quando esse momento passa e você tem que voltar a ser o agora, pois a outra sensação ainda persiste...como um eco.

Fico pensando se ter Alzheimer se assemelha em algo com essa experiência...

"Do not run!"


sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Des-envoler

Será esse o futuro das relações?
Quando falo em futuro não quero dizer que antes, considerando a história da humanidade, era diferente, quero dizer na história de um homem.
Será que a "Locadora Paraíso" estava certa, afinal, o melhor que uma pessoa pode fazer é desenvolver a habilidade de des-envolver?
Acho curioso essa palavra; desenvolver, penso que ela tem uma conotação tão forte de progresso, algo meio que positivista até, mas no fim, o progresso pode ser alcançado com a habilidade de perder algo, deixar algo pra trás, sem deixar parte de nós junto.
A falta é um progresso, o próprio tempo nos exige que aprendamos a lidar com ela; pra mim esse é o grande paradoxo que trago: a superação, o progresso, o futuro, nada disso será alcançado por nós, mas para andarmos lado a lado com esses conceitos precisamos, as vezes procurar o menos, ao invés do mais.
Terminei a pouco de assistir o filme "Click", um dos melhores filmes já feitos, em minha opinião. A crítica que "entende" de cinema em geral diz que esse filme é clichê...bom, obviamente se eu me importasse em não ser clichê não proporia um tópico como esse, mas a discução sobre potencialidades ou não dos clichês deixo para uma outra oportunidade, se eu não for morto pela gripe suína antes (ou qualquer outro motivo).
Voltando ao "Click" e sua "clichecidade"; a proposta do filme é falar sobre não perder oportunidades, pois o tempo é linear e uma vez que um dado ponto dessa linha passou, ele nunca mais poderá voltar, então devemos aproveitar cada ponto dessa linha ao máximo!
Talvez aqui eu extrapole um pouco, até porque pretendo falar sobre um conceito que não conheço, apenas reconheço, mas essa proposta não pode deixar de me remeter ao eterno retorno de Nietzsche que, pelo que percebo, fala sobre aproveitar cada instante, não sob uma ótica de o que é certo ou errado, mas sob a lente do eterno - como sendo desejado que cada momento se repita eternamente; desejar cada momento, dentro de uma perspectiva ética-estética existencial.
Essa associação não faço apenas pela arte de filosofar (que pra mim apresenta em si mesma um fim admirável), mas para trabalhar o des-senvolver, da seguinte forma:
Se os instantes são únicos mas ao mesmo tempo devem ser sentidos como eternos, como nos desprender?
Talvez aqui eu fale com um aspecto extremamente particular meu, um homem que anda carregando mortos, mas devo falar mesmo assim.
O eterno é um sonho de criança, ao crescer, com o tempo, vejo que nós devemos perceber esse sonho e abandoná-lo. Por muito tempo me recusei a fazer isso e aceitar essa idéia e fui feliz e infeliz, sendo um feliz infeliz e um infeliz feliz, mas como um tio avô meu um dia me disse "sem alegria, nada vale a pena", então para crescermos temos que aprender a nos contentar com menos para almejar o eterno, que nunca será alcançado, buscando apenas uma felicidade, não A felicidade.
Isso é crescer, isso é se des-envolver.

Talvez essa idéia tenha criado um certo mal-estar naqueles que, como eu, ainda querem ser convencidos do contrário, aqueles marmanjos de 24 anos que sabem que papai-noel não existe mas acorda toda noite de natal simplismente desejando acreditar. Eu também desejo acreditar, o Peter Pan em mim ainda luta, apesar da Sininho ter morrido. Mas a morte também vem pra bem, também com ela temos que nos des-envolver.

Esse post foi um pouco perdido e brainstormer, então talvez não tenha sentido algum mas esse é um risco que vou correr para praticar minha catarse, espero que possa ser de alguma forma apreciável a algum de vocês.

Mas talvez, para conseguir um passo a mais rumo a assassinar Peter Pan eu ainda precise da sua ajuda; "If you love me won't you let me..."go.