quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Cores subterrâneas I

Por debaixo da terra marrom, túneis pretos.
Por cima, torres cinzas, céus brancos, pessoas marrons, pretas, cinzas, brancas, amarelas, vermelhas mas, principalmente - acinzentadas.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Tales of Lothearill

Lothearill is a land, there, there's money. And it's not hell.
Também não é nenhum paraíso, mas é tão divertido quanto pode ser, e os chorões não são ouvidos.

Uma terra liberal.
In this place there's a king: Mr. Bojangles.
Empresas da região colocaram caixas de som pelas ruas e por onde vamos ouvimos "Lucy in the sky", "while my guitar gently weeps", "with a little help from my friends" and all the four lie gladly in their thombs (even the one alive, with his giant baggy pants).
As leis King Bojangles determines, as il vout, as it's needed.

The arts don't follow the king's orders,
e assim, são belíssimas! Pois fugir às ordens do King não é crime!
Aliás, em Lothearill só há um crime: ser reclamão, a esse crime - pena capital!
(Uma vez tentaram perdoar os reclamões, quase foi o fim de Lothearill, que começou a caminhar rumo à chatisse, a monotonia, às lutas emburrecidas, aos extratos inventados por teóricos sem talento, com dinheiro e com merda na cabeça)
Não há lugar no mundo com arte como a de Lothearill, lá a arte não vai às ruas com a missão pacificadora de salvá-la de si mesmas, de suas forças, ela É as ruas, está lá e é levada/trocada com a arte das casas - que são arte também.
É triste em Lothearill nem todos terem suas próprias casas. (Mais triste seria alguém acreditar que é possível pensar uma solução para isso, é permitido ser burro, mas como me irrita a burrice das pessoas do mundo...)

Em Lothearill ninguém quer mudar, entendem que não importa o que se faça, não são teorias anciãs que vão melhorar qualquer coisa. Não uma naturalização das coisas e relações, mas um ouvido mais apurado, olhos mais belos e observadores e menores sentimentos de culpa por se sentir melhor e podendo mais que outros.

Outros...
em Lothearill tem outros e são outros que não dependem de você. (igual ao nosso mundo, acredite ou não).
King Mr.Bojangles não atende telefones, ele é King, has a secretary to do that for him and she doesn't feel inferior for doing that, her happiness is not in doing so, is in being her, in her encouters with life. E os "reclamadorezinhos" a deixam em paz por pensar isso - não ficam a chamando de alienada. Ela (muito mais inteligente que eles) é muito mais inteligente que eles.

We can see her reflection on the glass, let's call her "Philipe", e Ponderar uma queda como regredir a pensar reclamatoriamente, messianicamente. Outros as vezes "Caio", mas não em Lothearill, aqui, que é ai também, que é a beleza do agora e do amanhã, do ontem e do outro, aqui onde não temos "Mártirenezes", nem sentimentos de.
Em Lothearill não temos a "Pachecorra" de tentar salvar o mundo. Ele é bellíssimo assim; como é, e a arte também, sem precisar de pensadorezinhos para tentar enfeiar um belo espetáculo de palhaços, artistas altruístas alteristas, que não querem para o mundo sua idéia de mundo, que querem ser o mundo, estar no mundo. Como o mundo quiser.

Em Lothearill chapas únicas de esquerda perdem para o nulo.

Isso é baseado em fatos reais de um lugar no mundo: Terra.

Aura

The drum-strings of my heart pound,
ferociously!
The world seem to syncronize with the beat.
It resounds, it shakes, I tremble.
Soon it will all colide, one big bang of this Days.

Criativity wave rises, approaches, threatenously.
Soon, I will have no choice (nor did I want to).

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

House 7X12

"How happy is the blameless vestal's lot!
The world forgetting, by the world forgot.
Eternal sunshine of the spotless mind!
Each pray'r accepted, and each wish resign'd"
Alexander Pope


"Everybody dies alone", I hear'd House say that tonight,
Mas ninguém morreu mais só que Eloisa.
Quão terrível é não esquecer.
Lembrar gasta espaço, gasta tempo, gasta energia, gasta alegria.

Só esquecendo liberamos um peso do ser-temporal,
nosso passado nos precede,
mas nosso futuro não é grande o suficiente para os dois.

Um castigo, uma cruz, um deleite aos prazeres de Masoch,
Uma terceira perna para Dora, um exercício da alma para Jesus,
Uma benção, uma maldição.

A dor, o vício.
Esquecer não cura, não faz tudo passar, não melhora.
Alguns diriam superar (superar é mais uma palavra bonita dos auto-ajudos)
Mas não tem como esquecer, não temos como esquecer que vamos morrer,
que vamos sofrer, que vamos matar.

No dia seguinte de nossa morte, que esse seja o dia mais feliz de todos, por ser, talvez, o único dos dias.
Pois é nesse dia que não teremos escolha, a não ser aproveitar da fatalidade de ser gente:
O quão alegre é estar sendo gente!
Poder sofrer e amar. Amar e rir. Rir e chorar.
Sofrer por Abelard, amar Romeo, rir de Quixote, chorar por Pixote.
Um turbilhão explosivo e sentimentivo e carnitivo e pensamentivo.
Um belo turbilhão, sem solução, sem motivo, sem razão, sem obrigação.

Com certeza, um turbilhão sem solução.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Lothearill

"...coloca o discurso cinematográfico a serviço da consciência social crítica. Mais do que nunca salientamos o compromisso irremediável da arte com a crítica aos valores sociais. Ela tem uma missão desfetichista, pois nos habilita a pensar nos preconceitos, estereótipos e discriminações através da idéia de profecias que se auto-realizam – as imagens negativas, as atitudes discriminatórias acabam produzindo sua própria confirmação – e, sem dúvida., é uma tarefa fundamental desconstruí-las."
Maria Liz Cunha de Oliveira, Selma Regina Nunes Oliveira, Lilian Tamy Iguma

É o que dizem: duas cabeças pensam melhor que uma, aparentemente três estragam tudo...
Um problema em falar de arte é que, como é um campo muito abrangente, as pessoas tendem a relacioná-la com tudo, inclusive com o discurso emburrecido do Marxismo messiânico.

Ontem assisti uma peça de rua, no emissário, numa ensolarada tarde de Santos, com o mar como público. Uma comédia (brilhante) de um grupo de Presidente Prudente chamado "Rosa dos Ventos", após o show fiquei (o quanto aguentei) para ouvir a discussão de alguns organizadores. Talvez sejam apenas pobres pessoas que não tiveram intelecto o suficiente para serem professores universitários e pregar o marxismo messiânico acadêmico (e convenhamos que nem é tanto intelecto assim que precisa), pois de arte mesmo ouvi muito pouco.

Qual é a dos burguesinhos culpados pelo apartamento caro dos papais que precisam tentar usar de sua posição privilegiada para salvar os oprimidos? (discurso ridículo!) Ontem um dos organizadores da mostra "Olho da Rua" (com seus óculos de R$400,00) não se cansou em colocar como tinha sido benéfico para a zona noroeste de Santos a peça realizada earlier that day, pois levara àqueles que não tinham condições de ir a um teatro um pouco de arte.
O que ele acha? Que isso mudou a vida deles? Que deveriam levantar uma estátua sua na praça do bairro?

E me revoltou tanto naquele momento quanto ao ler a citação das três ignóbeis mencionadas acima a idéia do marxismo messiânico de que precisamos mudar o mundo. Que estamos em luta para mudar o mundo.
E vão transformá-lo no que?! Gostaria de saber, pois dependendo do que for, eu saio.

Que medo é esse de perceber o que House não nos cansa de mostrar: O mundo é feio! O homem é um ser desprezível! Mas é exatamente por isso que é tão divertido! Como poderia o homem ser de qualquer outra forma, considerando que somos criaturas que apenas caminham em direção à nossa finitude? E temos consciência (e medo) disso. (CARLETTI, 2010).

Enquanto os "maxixista" reclamam do mundo que vivem, tentam mudar, são deixados pra trás por quem entende que o esquema é doce de molico: Fazemos o que podemos com o que temos. E a arte, que se tem alguma missão é exatamente a de funcionar em um registro externo ao das missões, não tem obrigação social nenhuma. Me recuso a acreditar em uma arte que sirva para construir o mundo chato dos marxistas.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Tonight, the zombies do not walk the earth

O fracasso, pela primeira vez.

Hoje minha presença, o improviment que ela trás, a aura do leão dourado (garras, músculos, presas), não quiseram.

Ah!Leão...os campos não são mais dourados-trigo. Manadas de gritos ao som de seu nome, isso não. Nunca. Apenas mini-momentos de glória, rarefeitos, insuficientes para almas flamejantes. Se as rajadas fossem mais constantes. Mas foi escasso. Muito pouco. (hoje) Nada.

Caminhas de cara limpa, glassy eyes (se adaptando ao novo corpo de alma menor), looking up, mas na verdade o leão sabe: a última chance de fazer chover labaredas. Elas nunca mais cairão ao som de sua voz, elas nunca caíram, apesar de ter sido um dos principais motivos pelo qual o leão veio ao mundo (em sua posição frente a ele).

Acho que no fundo é isso, not enough, no good.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ultimate Faggish Championship

Alguém mais, vendo coisas sobre UFC, sobre "esportes" onde homens rolam abraçados com outros homens, vendo todos os caras bombados de academia, todos os bombados de educação física, todas as menininhas (putinhas ou não) que gostam desse esteriótipo, fissurados por esse negócio, por essa gaiola e a pegação dos meninões, começou a se perguntar:
Se excesso de testosterona faz a pessoas "dar a volta" em sua masculinidade e chega de novo no nível gay de ser? Só que mais gay que gay, um que da volta de retardatário nos outros gays - não é estranho que poucas pessoas vejam isso?

I find these gays with one lap advantage very annoying.

Traduzir o comum

Em um exerciciozinho de tradução nessa quarta-feira...

"O mais difícil de traduzir não é aquilo que não sabemos, ao contrário, difícil é traduzir aquilo que sabemos demais."
VinnyDays!