segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Lothearill

"...coloca o discurso cinematográfico a serviço da consciência social crítica. Mais do que nunca salientamos o compromisso irremediável da arte com a crítica aos valores sociais. Ela tem uma missão desfetichista, pois nos habilita a pensar nos preconceitos, estereótipos e discriminações através da idéia de profecias que se auto-realizam – as imagens negativas, as atitudes discriminatórias acabam produzindo sua própria confirmação – e, sem dúvida., é uma tarefa fundamental desconstruí-las."
Maria Liz Cunha de Oliveira, Selma Regina Nunes Oliveira, Lilian Tamy Iguma

É o que dizem: duas cabeças pensam melhor que uma, aparentemente três estragam tudo...
Um problema em falar de arte é que, como é um campo muito abrangente, as pessoas tendem a relacioná-la com tudo, inclusive com o discurso emburrecido do Marxismo messiânico.

Ontem assisti uma peça de rua, no emissário, numa ensolarada tarde de Santos, com o mar como público. Uma comédia (brilhante) de um grupo de Presidente Prudente chamado "Rosa dos Ventos", após o show fiquei (o quanto aguentei) para ouvir a discussão de alguns organizadores. Talvez sejam apenas pobres pessoas que não tiveram intelecto o suficiente para serem professores universitários e pregar o marxismo messiânico acadêmico (e convenhamos que nem é tanto intelecto assim que precisa), pois de arte mesmo ouvi muito pouco.

Qual é a dos burguesinhos culpados pelo apartamento caro dos papais que precisam tentar usar de sua posição privilegiada para salvar os oprimidos? (discurso ridículo!) Ontem um dos organizadores da mostra "Olho da Rua" (com seus óculos de R$400,00) não se cansou em colocar como tinha sido benéfico para a zona noroeste de Santos a peça realizada earlier that day, pois levara àqueles que não tinham condições de ir a um teatro um pouco de arte.
O que ele acha? Que isso mudou a vida deles? Que deveriam levantar uma estátua sua na praça do bairro?

E me revoltou tanto naquele momento quanto ao ler a citação das três ignóbeis mencionadas acima a idéia do marxismo messiânico de que precisamos mudar o mundo. Que estamos em luta para mudar o mundo.
E vão transformá-lo no que?! Gostaria de saber, pois dependendo do que for, eu saio.

Que medo é esse de perceber o que House não nos cansa de mostrar: O mundo é feio! O homem é um ser desprezível! Mas é exatamente por isso que é tão divertido! Como poderia o homem ser de qualquer outra forma, considerando que somos criaturas que apenas caminham em direção à nossa finitude? E temos consciência (e medo) disso. (CARLETTI, 2010).

Enquanto os "maxixista" reclamam do mundo que vivem, tentam mudar, são deixados pra trás por quem entende que o esquema é doce de molico: Fazemos o que podemos com o que temos. E a arte, que se tem alguma missão é exatamente a de funcionar em um registro externo ao das missões, não tem obrigação social nenhuma. Me recuso a acreditar em uma arte que sirva para construir o mundo chato dos marxistas.

4 comentários:

Trupe Olho da Rua disse...

Olá, primeiramente gostaria de agradecer vossa presença e lamentar a sua atitude covarde de difamar e caluniar algo que mau teve contato, pois já que esteve presente e se calou( artificio dos fracos e covardes). Essa atitude expressa o carater da sua pessoa. Nem eu nem nenhum organizador do evento estávamos usando óculos e nem desferimos esse discurso babaca que vc nos acusa.O melhor é vc ficar em casa assistindo House e quando virar homem saia para a rua e parta para o dialogo em vez de correr para casa e escrever merdinha seu Moleque e burguesinho deve ser o filho da Sr. sua Mãe.
Caio Martinez Pacheco

Vinny Days disse...

Como dói pisar nos calos dos histericozinhos contemporâneos. Fico feliz cada vez que um Marxista critica meu caráter, quer dizer que estou fazendo algo certo.
Fico feliz, também, que leia meu Blog, quem sabe aprenda algo e possa falar algo menos inútil. Assim, que fique mais uma lição: "...o viagra fez mais pela humanidade do que 200 anos de marxismo."
Luís Felipe Pondé

Trupe Olho da Rua disse...

tenho pena de vc!
Vc realmente acha que esse blog é relevante? Para quem? Além do seu alter ego.
Vc perdeu uma bela oportunidade de se manifestar no domingo, teria sido uma bela discussão.Agora o que te resta é isso!

Vinny Days disse...

Relevante não, para achar isso eu teria que me relacionar com o mundo como se ele precisasse de mim. Apenas menos inútil do que 90% do que ouvi domingo (e 300% mais artístico).
Discussão? E quem disse que eu queria discutir com discursos empobrecidos e burros? pra isso a faculdade me basta (e cansa), além disso, você deixou bem claro aqui que só seria proveitoso se a discussão se mostrasse "útil", eu estava lá para discutir arte, não utilidade. Por fim, não teve espaço e nenhuma vez perguntaram se alguém tinha algo a falar, mas é assim com Maxixistas (mas não só), vcs querem ouvir falar quem concorda com vcs, e o medo de abrir (sem direcionar a fala) p outros? (Como tentaram fazer a perguntar ao grupo "Rosa dos Ventos")
Triste alguém que quer pensar as ruas ter tanto medo dos encontros com outros. Indiscutível. E por que, depois disso tudo, eu iria querer falar algo? Em uma conversa burra, teórica e messiânica. A Discussão que vc queria que fizessemos já expirou a data de validade; nada dura saudavelmente 200 anos.