sábado, 27 de fevereiro de 2010

A supercâmera

Hoje minha caneta caiu em câmera lenta. Era uma BIC, normal.
A visão se localizava à direita e abaixo de minha carteira,
mirava-se para cima, tinha meu corpo desfocalizado e acompanhava a caneta em sua trajetória até o chão.

A sala desfez-se em silêncio, um silêncio também desfocalizado,
já a caneta fazia um inaudível escândalo de cortar o ar; desajeitadamente.
Bateu no chão. Demorou mais tempo que o esperado para parar, afinal, estava em slowmotion.

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