quarta-feira, 21 de abril de 2010

Canto pelo direito de não cantar

Sim,
canto apenas (e somente apenas) porque posso me permitir não cantar.
Tudo aquilo que é dito no silêncio,
tudo que se perde no entendimento racional e racionalizante de quem teme apenas a dominação das palavras.
Cegos para o som dos gritos mudos.
Surdos para tudo aquilo que não se permite sensacionalizar, que não move massas.
O sublime, o suave, o cruel justo.
O arrepio de cada manhã amada.
O espaço que o nada preenche, esvazia.

Sem uma finalidade eu canto,
nem sempre em cima de palanques -
o belíssimo canto dos cantos.

2 comentários:

Unknown disse...

batizo = batismo?

Fernando disse...

é difícil ficar às bordas do jogo, pois corre o risco de virar o tabuleiro. Aí não tem mais regras, como jogar então?
Topa uma partida de calvinbol?